Pergunte para a célula: Você já achou que estava ‘mais certo’ do que alguém em uma situação, mas depois percebeu que poderia ter agido com mais misericórdia?

EXALTAÇÃO – NÓS PARA O SENHOR

Sugestão de louvor:  SANGUE – PHELIPE SMAILIN (THE BLOOD – BETHEL MUSIC)

OS JUSTICEIROS DA MISERICÓRDIA

Introdução: Irmãos, todo o ensinamento de discipulado de Jesus só é recebido, reconhecido e amado por quem nasceu de novo e tem uma nova natureza. Quem não tem uma nova natureza, quem não nasceu de novo, não pode entrar no Reino de Deus; ele não pode nem ver, quanto mais praticar. Não se trata de uma decisão humana, mas de uma disposição do coração do Pai que nos faz nascer de novo.

“Pois a todos quantos receberam o Filho, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1:12). Contudo, não tínhamos coração para recebê-lo. Quando recebemos o Filho, é porque já nascemos de novo.

Em Mateus 5:5, está escrito: “bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”. Tudo começa em nosso interior. Ser manso não tem relação com o nosso temperamento. Jesus não poderia ser chamado de manso se isso estivesse relacionado ao temperamento, pois, quando entrou no templo, expulsou todos com um chicote. Seremos mansos espontaneamente, não por fraqueza, mas por compaixão. Ser manso é ter um profundo sentimento interior sobre o estado lamentável do mundo e das pessoas. Mansidão não tem a ver com temperamento, mas com a transformação em Cristo.

Vivemos em um tempo em que os arrogantes são exaltados. O mundo celebra a arrogância e a força, mas ser manso não é ser fraco. É ser forte diante de Deus, mesmo que pareça fraco aos olhos humanos. Ser manso não é para qualquer um; é Jesus vivendo em nós.

Jesus disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mateus 5:6). Fome e sede são necessidades básicas. Nós nos alimentamos várias vezes ao dia e precisamos beber água constantemente. Você mata a fome comendo e a sede bebendo, Jesus fala de uma fome e sede que transcendem o físico.

Jesus está dizendo que bem-aventurado é aquele que tem fome e sede constantes. Não se trata de ser “uma pessoa justa” aos próprios olhos, mas de ter um desejo incessante pela justiça que vem de Deus.

Muitas vezes ouvimos: “Isso não é justo!” — especialmente em contextos familiares e relacionamentos. No entanto, Jesus nos chama a uma justiça que não se baseia em regras humanas, mas na justiça de Deus.

Essa justiça, mencionada na Palavra de Deus, tem três aspectos:

1. Justiça para com Deus: Somos justificados pela fé e pela graça, não por méritos próprios. “Cristo se fez justiça por nós” (1 Coríntios 1:30). A Bíblia afirma: “Não há justo, nem um sequer” (Romanos 3:10), e “o justo viverá pela fé” (Romanos 1:17). Fomos aceitos por Deus, não por obras, mas por Sua misericórdia.
2. Justiça para comigo mesmo: Ter fome e sede de justiça significa ser exigente consigo mesmo, assumindo responsabilidade pelos próprios atos. Jesus nos alerta contra a hipocrisia de sermos severos com os outros enquanto somos tolerantes, flexíveis conosco.
3. Justiça para com o próximo: A parábola do credor incompassivo (Mateus 18:23-35) mostra que, se fomos perdoados, devemos perdoar. A verdadeira justiça se manifesta no perdão e na misericórdia. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5:7).

A justiça de Deus não é baseada em retribuição, mas em graça. Deus foi justo ao se tornar homem, cumprir toda a Lei e morrer em nosso lugar (Isaías 53). Ele não nos tratou conforme nossos pecados, mas nos alcançou com amor e misericórdia.

O verdadeiro cristão vive entre a justiça e a misericórdia. Somos chamados a refletir o caráter de Cristo, não apenas em palavras, mas em atitudes diárias. A justiça própria leva ao orgulho, mas a justiça de Deus nos torna humildes e misericordiosos.

Que o Espírito Santo nos ajude a abandonar a justiça humana e abraçar a justiça do Reino de Deus, vivendo como filhos amados, cheios de graça e verdade.

EVANGELISMO – NÓS PARA O MUNDO

Reflexão:
Durante esta semana, reflita profundamente sobre as seguintes perguntas:

• De que justiça você e eu temos sede?
• O que, de fato, tem movido o seu coração?
• Você busca justiça para satisfazer seus próprios interesses ou para refletir o caráter do Reino dos Céus na terra?

Que desejemos, de forma incessante, a justiça que vem de Deus e possamos vivê-la de maneira prática, alinhada ao Seu coração.